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Testes e ensaios para validação do uso da mistura biodiesel B5 em motores e veículos-Brasil. Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)2009Com a criação do Programa Nacional de Produção e uso de Biodiesel - PNPB e a aprovação da Lei 11.097/05, que estabelece o percentual obrigatório de 5% de adição de biodiesel ao diesel, exigiu-se, por parte do Programa, a realização de testes e ensaios em motores, visando a validação do uso da mistura B5, para assegurar ao consumidor final a manutenção da garantia de veículos e equipamentos. Neste sentido, sob a coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia, formatou-se a estrutura de um Programa de Testes e Ensaios em Motores e Veículos com Biodiesel. A implementação e execução desse programa iniciou-se com a criação de uma comissão técnica, reunindo representantes das instituições: Anfavea, Sindipeças, Tecpar, IPT, Petrobrás/Cenpes, MME, MDIC, Ibama e ANP. O planejamento, monitoramento e avaliação dos resultados de todos os testes e ensaios são realizados sob a responsabilidade da referida comissão. Vários testes em frotas cativas de veículos leves e pesados, de motores em bancadas e motores estacionários, vêm sendo conduzidos em parceria com diversas instituições e empresas públicas e privadas de diferentes estados brasileiros. Desde o início do PNPB, em 2004, o MCT destinou recursos para esta ação. As empresas participantes, como contrapartida, financiaram grande parte dos recursos diretos e indiretos necessários para a realização dos testes. O MCT reconhece a importância de todos os atores envolvidos no programa testes - fabricantes de veículos e de partes e peças, órgãos ambientais, pesquisadores, universidades, institutos de pesquisas, produtores de biodiesel, laboratórios, distribuidoras de combustível, frotistas, concessionários, mecânicos e motoristas -, cujas participações contribuíram efetivamente para os resultados obtidos. Esta publicação apresenta os principais resultados dos testes realizados com a mistura de 5% de biodiesel ao diesel (B5) no âmbito do PNPB. As informações resultantes desses testes constituem um conjunto singular de conhecimento da utilização de misturas biodiesel em veículos comerciais e são importantes para subsidiar as decisões para o desenvolvimento do programa.
Considerações sobre petróleo e biomassa no Brasil e no mundo/ Antônio René Iturra.Iturra Quilaqueo, Antônio René-2006Nestas Considerações se analisam aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais da produção e uso de combustíveis líquidos derivados do petróleo - gasolina e óleo diesel - e seus sucedâneos, derivados da biomassa, que recebem no Brasil o nome genérico de biocombustíveis, e no mundo, de biocarburantes - etanol e biodiesel. Trata-se de matéria que cada dia adquire importância maior, relevante, em tempos de globalização, quando o petróleo - recurso energético fóssil - se mostra crescentemente caro e escasso. Para complicar esse cenário, as nações grandes consumidoras de carburantes já não dissimulam a falta de escrúpulos para garantir a todo custo seu fornecimento. Cada dia se mostra mais evidente o impasse decorrente da busca da garantia do fornecimento desse produto, estratégico (embora continue sendo considerado commodity por desinformados), que já envolve em conflitos militares paises desenvolvidos, grandes consumidores, com os que têm a "desventura" de possuir as principais reservas conhecidas de petróleo. O texto busca subsidiar e conscientizar os responsáveis principais sobre essa situação, que tende a se agravar, com vistas às decisões que a sociedade brasileira (e a humanidade) requer nesta época na qual o petróleo mostra uma nova crise de preços, que tudo leva a crer é agora mais estrutural que política (os preços dos derivados devem ser reais e as reservas caminham a passos largos para seu esgotamento). Nesse entorno, contudo, os consumidores continuam a se comportar como se o recurso fosse barato e infinito. Nesse complexo cenário, observa-se o aumento ainda crescente da demanda de carburantes, especialmente por grandes países em desenvolvimento, como China e Índia, principalmente, e a continuidade do "padrão americano" de consumo (EUA, com pouco mais de 4% da população do planeta consome ao redor de 25% da energia). Esse tipo de demanda irracional e descontrolada continua sendo exemplo para muitos países europeus.